sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Declaração de amor

Eu gosto da vida. Gosto mesmo. Ela bate, machuca, escarnece, derruba até, mas tudo bem: a gente levanta e segue adiante. Ela, a vida, na verdade é camarada. Como um amigo metido a engraçado, às vezes chato e sem graça, mas de que a gente gosta. E nada melhor do que uma sexta-feira para esse tipo de declaração de amor. É um bom dia pra a gente entender a brincadeira, vê-la piscar com um só olho e pensar: "Sacana!". Aí a gente ri com ela e diz: “Tudo bem. Eu gosto de você”. Os amigos que me leem, os que nunca tomarão conhecimento do que escrevo, os que não me toleram, abraço a todos neste fim de sexta-feira, nesta trégua redentora que vem no ventre e se alastra no vento eletrificado de toda sexta-feira.
Um beijo no coração. Do mundo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O surto

Durante o último mês tive dezenas de idéias sem acento para escrever por aqui.
Desenvolvi uma série de questionamentos sobre o pó de pirlimpimpim metafísico que cria uma vida a partir do nada, fiz uma teoria pululante sobre o valor do homem suburbano e, cada vez mais, tenho vontade de escrever sobre o tempo.
Mas é justamente a falta dele que me deixa aqui, apertando teclas, dando comandos e soluçando substantivos engasgados.
E com pressa, me despeço, a beira de um ataque histérico.
to be continued...

domingo, 13 de setembro de 2009

NA TRILHA DO COMANDO ROSA

MENINOS frequentadores deste blogue...esta canção é pra vocês!

Com carinho,
As Comandantes


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A voz mudou

Eu tive um amor.
Um amor não.
Tive um amor, misturado com paixão, com tesão, com raiva, com vontade de não desgrudar, com ciúme...
Ai, com tudo que a gente sonha a vida toda.
Esse amor era escandaloso em tudo.
No jeito de falar. De atender o telefone.
De rir. De brigar.
Quando estava perto, tudo mudava. Tudo se agitava.
Os braços sempre em movimento.
A cabeça balançava.
Sorriso escancarado.
E a voz... Um caso a parte.
Sempre muito alta.
Quando ligava para o seu celular, invariavelmente, desligava rindo.
O recado não era alto.
Era gritado.
E eu achava isso maravilhoso.
Era a cara dele! E eu amava tudo o que vinha dele.
Só que nos separamos.
E ele se apaixonou por uma outra mulher e resolveu mudar algumas coisas.
Radicalmente.
Porque alguns padrões, exatamente os que eu não gosto, continuam iguaisinhos...
Dia desses precisei falar com ele um assunto importante.
Ele não atendeu. Deixei um recado.
Faz parte do seu novo modelo de vida falar baixo, ser mais contido.
Sua voz no celular era baixinha.
Tão educado! Mas tão diferente daquele homem lindo que conheci!
Por um momento fiquei triste.
Depois, morri de rir!!!