domingo, 31 de maio de 2009

Nossa, como eles sofrem...

É, isso mesmo, esse é o título da entrevista de um famoso psicanalista, em uma revistinha semanal.
Saco!
Fica a gente aqui querendo SE entender e vem o cara dando a maior moral para os homens.
Assim não há ryvotril, nem massagem, nem festa, nem chope, nem prosecco, nem cigarro, nem o cacete que dê conta.
Ele tem a solução para uma mulher deixar seu casamento feliz: é só deixar seu homem realizar TODAS as suas fantasias de super herói. Desde comprar a maior TV até as sexuais.
Me recuso a continuar a ler esse absurdo!!! E olha que o cara é bonito, hein? É por isso. Se os feios já se acham, imagina os bonitos!?!?
A mulherada no maior esforço pra se achar gostosa, mesmo com celulite, pra se achar poderosa, mesmo ganhando sempre menos do que eles, com um discurso na ponta da língua, pra dizer que está sozinha porque homem não suporrrrrta mulher independente, e vem um pseudo conhecedor da mente humana pra legitimar os pavões nossos de todos os dias.
Assim é pra querer morrer de tanta derrota.
Mulheres de todo o mundo: uni-vos!!!
O comando lidera essa luta!!!
Beijos amadas, lindas!
Layla T.

sábado, 30 de maio de 2009

Porrada

Palavras machucam mais que porrada. Porque em porrada a gente bota curativo, remédio, o que for. Passado um tempo, tá cicatrizado e, às vezes, não sobra nem uma marquinha. Já as palavras ficam na nossa cabeça e, volta e meia, atormentam nossos pensamentos.

Por que palavras que ferem são tão difíceis de esquecer?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O valor necessário do ato hipócrita

Aninha faz o tipo recatada, pudica. Quase careta. É amiga de faculdade da Nanda. A Nanda é minha... sobrinha. Diz a Nanda que, nos papos das meninas, a Aninha sempre assume uma postura judicante. Quando surgem aquelas histórias de “ficou com quem?”, “deu pra quem?”, “pra quantos?”, invariavelmente tece um comentário maldoso, quando não ofensivo: “Vocês são fáceis mesmo, depois reclamam”; “Deviam é se valorizar, isso sim”. Conheci a figura numa festa com o pessoal da faculdade, mas não conversamos muito. Achei que ela não tinha ido com a minha cara.

Pois bem. No início da semana, recebi por e-mail umas fotografias com o título “Bobeou, tá na net”. Eram fotos, digamos, íntimas, de umas cinco ou seis meninas com três rapazes. Foi a Nanda que mandou, ela sabe que gosto (sim, eu curto material erótico...). As fotos eram realmente boas, flagrantes capturados com os detalhes e a invasão de privacidade próprios das câmeras digitais. Qual não foi a minha surpresa quando, entre as danadas, reconheço... a Aninha! Rá! A Aninha ali, brincando de pega-pega! No momento exato em que eu via as fotos, a Nanda liga pro celular. ‘E aí, viu as fotos que te mandei?’ ‘Tô vendo agora.’ ‘Caraca, não entendi nada... geral da faculdade já viu... pô, logo a Aninha... maior cachorra!’ ‘É...’ ‘Pô, Djanira, você não diz nada?’

Agora, analisando a situação com certo distanciamento, acho que a Nanda queria que eu falasse alguma coisa que condenasse a Aninha, e eu não disse. Afinal, se o fizesse, estaria na mesma posição judicante que própria Aninha tantas vezes adotou – e que a Nanda tanto criticava. Em vez disso, entre fascinada e incauta, respondi à pergunta da Nanda da seguinte forma, depois de uns poucos segundos em silêncio: “É, e eu não dei nada pela Aninha naquele dia, na festa...”. A Nanda desligou o telefone na minha cara. Há três dias não atende às minhas chamadas. Vai entender...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Manu: ninguém é de ninguém.

Recebi e-mail de uma menina que leu o blog e achou por bem me contar a sua história. Ela namora há 6 anos e o cara arrepia e muda de assunto quando ela quer falar sobre o futuro dos dois - constituir família, procurar apartamento etcétera e tal.

Achei boa essa idéia, mexeu com meu ego. Espero que as amigas aqui também entrem nessa onda.

Transcrevo aqui o e-mail da moça. Nomes trocados, como toda coluna de conselhos amorosos.

"Oi, meninas. Tudo bem? Li o blog de vcs e achei bom ver essas opiniões todas juntas e resolvi compartilhar um pouco do meu problema com vcs. Conheci o Carlinhos e no dia seguinte, já viramos namorados. Estamos juntos há 6 anos e eu estou com 29 e ele, 31.

Acho que já estamos num momento da relação que pede uma mudança de estágio, entendem? Eu estou falando de casar - não necessariamente na igreja -, juntar nossos móveis, parar de tomar a pílula, essas coisas legais que casais fazem.

Carlinhos foge sempre que eu falo nisso, pergunto como vai ser, essas coisas. Um dia, ele perguntou: "Manu, por que você quer casar? Pra que estragar uma relação que tá tão boa?" - Fiquei passada quando ele usou o termo estragar, ligando-o ao que seria a celebração da nossa união. Acho que ele não gosta de mim, ou está com outra, que quer terminar comigo e tá sem coragem.

O que vocês acham?

Bjus, Manu"

Então, Manu, em primeiro lugar eu lhe digo que encontraste o homem certo! Carlinhos é do bem, nitidamente: é amor de verdade e o estrago no casamento é inevitável, pois o ser humano é muito mais amistoso no seu estado solteiro. Acredite, você também é assim e, depois de casada, se perguntará onde foi parar aquela namorada bacana que era.

Digo que ele é o homem certo, pois sempre desconfio desses apaixonados viciados em conhecer família, comemorar aniversário de namoro, essas coisas que chamam casamento. O cara certo, querida, não quer casar. Mesmo. O cara certo até casa, mas querer, ele não quer. E lá na frente, você verá que eu não estou cuspindo verdades aleatórias, confie em mim. Ele te ama, quer coisa melhor do que ser uma eterna namorada? O homem não foi feito para casar. Essa história de amor, de até que a morte os separe, toda essa parafernalha que a gente ouviu desde criancinha é mentira, não tem fundamento na realidade.

Ninguém é de ninguém - eis o caminho da verdade.

Eu sei que você continuará insistindo e vai acabar até conseguindo o que quer, engravidando, persuadindo, chantageando, ou até mesmo o Carlinhos resolve ceder. Eles cedem, a gente insiste, tenta, teima. E lá na frente, reclama, chora, tenta entender.

Espero que você lembre que precisou enviar um e-mail para pessoas desconhecidas, tamanha é a sua angústia hoje. As de 20 anos de casada são bem piores, pode anotar.

.comando moda.

Somos moças de estilo, mulheres do comando. Mostramos isso no nosso dia-a-dia, quando falamos, quando saímos, quando brigamos, quando escolhemos nossas músicas e filmes preferidos.

Na hora de se vestir, não podia ser diferente.
Precisamos mostrar ao mundo ao que viemos.

E nossos pés não podem deixar de carregar nossa identidade forte. Afinal de contas, é com eles que pisamos nesse chão, traçando nossos caminhos tão individuais e tão comuns, ao mesmo tempo, que fazem com que milhares de mulheres queiram nos seguir.

Seguir nossos passos, guardar sonhos, documentos, identidades, maquiagens, livros.

Precisamos de boas bolsas também.

Somos mais nós.

Somos do comando.

Somos http://www.redegalinhamorta.com.br/

Enjoy, fofas!

Beijo no coração

Essa mulher - Arnaldo Antunes

Uma música de bom dia, de comando para comando.

ela quer viver sozinhasem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher
ela goza com o sabonete
não precisa de você
ela goza com a mão
não precisa do seu pau
ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer
essa mulher
que não sente a sua falta
e quando você chega em casa
ela não sente a sua presença
ela tem um travesseiro mais macio
do que o seu braço
e um acolchoado muito mais
quente que o seu abraço
ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer
essa mulher

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Retrocesso!

Vivemos no país da impunidade, isso é fato.
Centenas de pessoas, a cada minuto, têm seus pertences e, no pior dos casos, seus entes queridos, arrancados, usurpados de si, do mundo.
E quem teve a graça de até hoje não ter passado por algo assim deve se considerar um sortudo dos bons ou até mesmo uma espécie de ET.

Na maioria das vezes os causadores de tantos males permanecem aí, soltos, impunes.
A Lei dos Homens, criada para proteger, fazer 'Justiça', a cada dia anda literalmente mais cega, o que nos faz pensar que a madame carregando a balança na mão não passa de uma grandessíssima cínica, sonsa ou absoluta incompetente.

Agora vc imagina que se para crimes graves desse tipo, grande parte das vezes não há reparo ou punição adequada, quanto mais aos delitos 'não visíveis', inexistentes no Código Penal, os quais nós mulheres por vezes sofremos!
Crimes estes habituais, ainda que não convencionais, cometidos por criaturas a quem nos entregamos e confiamos, com quem compartilhamos sonhos, vivemos como parceiras fiéis, dividimos nosso prato e nossa cama, demos colo e apoio (e dinheiro inclusive), sempre ali ao lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...até que um belo dia, às vezes no susto mesmo, sem pistas ou anúncio, o meliante (até então fantasiado de homem-decente-companheiro-de-vida) se desmascara e nos arranca (tenta arrancar) tudo que temos, desde nossa dignidade e auto-estima até metade do nosso apartamento.
Para isso então é que parece não haver mesmo a dita cuja da Justiça!

E saem por aí os cretinos, caminhando pelo mundo, impunemente, de espírito leve, coração e braguilha abertos, estampando felicidade e novas mulheres nos orkuts da vida(pobres delas, futuras vítimas tb, pois não sabem o que as espera) enquanto ficamos aqui, como besouros cegos cambaleantes em terreno inóspito e desconhecido...morcegos fêmeas, abatidas por moleques que sacodem varas de bambu na escuridão, nos atraindo e então nos golpeando a cara.
E passamos dias sempre nublados e noites não dormidas, amargando a injustiça, tentando engolir o choro e o 'sapo-boi' que não desce...na casa dos nossos pais ou de algum amigo...ou então na própria casa, posta à venda, desfalcada de móveis e afeto...assistindo a poeira juntar nos cantos...a samambaia retrô da janela a definhar perdendo as folhas que se acumulam no chão (e num breve delírio poético imaginar que nada mudou e é apenas outono na sala )...
Mulheres nós, antes apaixonadas, agora perdidas em meio a um limbo, entre dois mundos, um para o qual não conseguimos voltar e outro para onde não sabemos como ir, como Karol Anne (a pequena "Carolaine" de Poltergeist), que foi abduzida, sugada para dentro do armário do quarto certa noite e depois ficou lá ninguém sabe onde, sem entender porra nenhuma, ouvindo ora um povo gritar alucinadamente pra ela ir para a luz, ora pra se afastar da merda da luz!
E a garota lá, perdidinha!!!

E não me venham falando que esses abusos absurdos não são provocados só por homens não e tal e blá, blá, blá!
Existe mulher safada sim, mas juntem aí a quantidade de historinhas desse tipo que vcs já ouviram ou testemunharam e me digam se em 98% delas não foi a mulher quem se estrepou lindamente!
Sorry, mas na grande maioria das vezes o agente causador de todo mau e dano é um bastardo do sexo masculino, sem honra nem consideração, sim!

Eu sugiro então um retrocesso.
Na Idade Média, aos criminosos que não era cabida a pena de morte ou àqueles acusados de delitos morais ou falha de caráter, reservava-se outra forma de punição, um modo a fazer com que estes indivíduos não saíssem ilesos e nunca se esquecessem de seu pecado.
Eram marcados a ferro quente no ombro com símbolos reconhecíveis pela comunidade, forma também de avisar as pessoas da espécie de gente que se tratavam.

Façamos isso daqui por diante, mulheres!
A próxima vez que detectarmos um canalha, este haverá de ser marcado a ferro (na cama durante o sono é uma excelente oportunidade), de forma a alertar as outras de sua condição de pulha escroto e enganador!

Assim poderemos seguir adiante com mais dignidade!
E talvez não perder a fé...nem deixar calar "A Pergunta" que, por mais que se tenha o coração partido e a paixão destroçada, continua a ecoar dentro do peito e da cabeça, ainda que não se queira...

Deixo Cat Power verbalizá-la através de sua meiga e bela voz...


Where is my love
Where is my love
Horses galloping
Bring him to me

Where is my love
Where is my love
Horses running free
Carrying you and me

Where is my love
Where is my love
Safe and warm
So close to me
In my arms
Finally

There is my love
There is my love
Horses galloping
Bring him in to me

Where is my love
Where is my love

domingo, 24 de maio de 2009

Alegria, muita alegria e amor, hahahaha

Hoje acordei com muita vontade de cantar essa música. Amo Sidney Magal! Amo dançar essa música performática!

Vamos lá... O meu sangue ferve por você!!!!

Teu, todo teu
Minha, toda minha
Juntos, essa noite
Quero te dar todo meu amor

Toda, Minha vida
(siiiiimm)
Eu, te procurei
(nanananana)
Hoje, sou feliz,
com você que é tudo o que sonhei

Ohhhh, eu te amo
Ohhhh, eu te amo meu amor
Ohhhh, eu te amo
O meu sangue ferve por você

Você me enlouquece
Você é o que quero
eu sou, prisioneiro
Prisioneiro desse seu amor

Toda, Minha vida
(sim sim sim sim)
Eu, te procurei
Hoje, sou feliz, com você que é tudo o que sonhei

Beijos,
Layla T.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tocobina

Layla escreveu aqui sobre o tocobina, que é quando a pessoa olha o celular, vê quem é e não atende. Disse que isso é muita rejeição.

Será mesmo essa a única possibilidade para uma ligação não atendida? Gente, por favor, a pessoa do outro lado pode estar longe do aparelho, ou ter deixado o treco em algum lugar que não é onde ela está, pode estar ocupada, em outra ligação, tomando banho, qualquer coisa. Pode simplesmente não ter ouvido o celular tocar ou vibrar. Por que encarar logo como uma forma de rejeição?

Vamos deixar de achar que tudo que o outro faz tem um objetivo específico de nos atingir de alguma forma? Esse posicionamento é autocentrado demais, mocinhas, chega a ser egocêntrico!

Helloooooo, meninas! Chega de mania de perseguição!

É triste, mas é assim


Homem não sabe tratar mulher. Ponto. É triste, mas é assim. Homem não entende nossas necessidades, nossas carências, nossos desejos. O resultado: mulheres frustradas por causa dessas manifestações, não de desafeto ou recusa, mas de incompreensão. Essas histórias de ‘toco’, ‘tocobina’ nada mais são do que exemplos claríssimos do que digo.
Por outro lado, não se pode negar que existe mulher pegajosa, grudenta, que telefona trinta vezes por dia e quer ser bem tratada em cada ligação. Sei o que é isso, e dou razão aos carinhas que não atendem aos reiterados – e geralmente enfadonhos – telefonemas de mulher-chiclete. Sem falar na mulher-cerca, aquela que fica te rodeando em todo lugar. Parece que te segue e fica à espreita do momento (sempre importuno) de te abordar. Isso é péssimo, péssimo, acreditem. Nunca façam isso, se não quiserem ser rejeitadas.
Ademais, não se deve esquecer, é claro, uma razão singela que muitas vezes explica a repulsa e o desprezo do homem pela mulher: ele simplesmente não gosta dela. É triste, mas é assim. A propósito, recomendo um livro que pode esclarecer muitas questões em torno desse assunto. Trata-se de Ele simplesmente não está a fim de você – entenda os homens sem desculpa, best-seller de Greg Behrendt & Liz Tuccillo (vejam a capa ilustrando este post). Deixo essa indicação porque sei que algumas coleguinhas são chegadas em literatura. Aliás, como certamente nossas leitoras também gostam de bons livros, sempre que possível postarei algumas dicas de leitura, aconselhando títulos que, de alguma forma, fizeram de mim uma mulher melhor.
Um beijo no coração.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Que coisa!

Ai gente, tão ruim quanto toco é levar tocobina. O sujeito olha o celular, vê seu número e não te atende. É muita rejeição, né não?
Assim fica difícil manter a máxima...

Tem que ser maravilhosa!

A mulherada fica aí desabafando, chorando mágoas, levando tocos...
Isso acontece porque dão mole pra manés, correm atrás, fraquejam, ficam de desfrute.
Mulher tem que ser dura!
Mulher tem que ser difícil!
Mulher tem que ter reservas!
Mulher tem que ser Maravilha!

Vejam o clip e aprendam, meninas!

PS: Só acho o micro shorts dispensável mas...

Acabei de voltar do bar.

Fui tomar um chopp com um amigo que não via há muito tempo. Estudamos juntos e chegamos a cogitar uma sociedade num projeto que não foi adiante porque ele foi morar em NY quando ganhou um concurso de arte.

Ele veio para o Rio para as bodas de ouro dos pais e me ligou; saí do trabalho e fui direto encontrá-lo. Papo vai, papo vem e pimba: Puxa, Fê, você tá tão bonita. Eu lembrava de você bonita, mas tem algo no seu olhar que está me desconcentrando.

Homens não são amigos de mulheres.

Nunca o são, até porque mulheres também sempre têm no amigo um possível marido, pai de filhos, namorado, companheiro, fuck buddy, o que for.

Mas essa coisa de que é possível um olhar completamente isento de desejo sexual entre homens e mulheres (ou entre quaisquer pessoas que façam parte do grupo de desejo sexual do outro) não existe. Seria lindo, mas não existe.

Quando a amiga pergunta pro amigo se tal blusa ficou bem nela, o amigo responderá com base no grau do tesão que ele sentiu ou poderia vir a sentir olhando como ficaram os peitos da amiga, entende?

Tem sempre sexo no ar e a maioria das relações são baseadas nesse "instinto". Basta olhar em volta, mergulhar um pouco mais fundo em como você trata seu/sua amigo/a do sexo que te atrai. Mesmo aqueles que não fazem o seu tipo, lá no fundinho você quer se sentir desejado/a.

É só reparar.

(Até que o Rafa está gostosinho, mas esse approach não me excita. Voltei para casa tendo apenas tomado 6 choppinhos.)

terça-feira, 19 de maio de 2009

É fim de noite

Quero dar adeus à tristeza e viver a máxima de que a alegria é a melhor coisa que existe.
Não gosto de sofrer. A-do-ro festa, roupa nova, música, cantar alto e bebida geladésima!
Amor, muito amor. Isso é que é bom na vida.
E minhas amigas todas lindas e maravilhosas. Levando tocos, mas de cabeças erguidas. Porque o que vale é tentar. Sempre, mesmo que não leve à nada. A vida é assim mesmo. Amanhã somos nós que daremos.
Vamos em frente, meninas. Não se esqueçam, o primeiro passo é fundamental.
Amanhã tem mais.
Agora, vou tomar meu ryvotril e dormir.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Toco

Acho que todo mundo um dia na vida já levou um toco. Se não levou ainda, qualquer hora dessas vai levar. Eu, por exemplo, num intervalo de quinze dias, levei dois. De dois homens diferentes, é claro, que não sou de dar murro em ponta de faca.

O primeiro tava semi-engatilhado, a paquera tava rolando na ferramenta de bate-papo durante a semana. Quando chegou o sábado e eu o encontrei na naite, resolvi partir pra cima, na certeza de que rolaria. Começamos o papo muito bem até que o sujeito surtou. Não ficamos. Não rolou. Não entendi a recusa. Fiquei passada. Mas tudo bem. Ninguém é obrigado a querer ficar com a gente.

O segundo é um fofo, um gostoso, que eu conheço desde que éramos pirralhos. Nos encontramos por acaso num show. Ele me elogiou, me abraçou e eu tentei uma abordagem diferente, tentei pegar a criatura. Ele me olhou com a sobrancelha levantada e eu entendi o recado. Recuei, né? Que jeito. Uma pena. Além do gatinho, perdi a oportunidade de fazer uso recreativo da substância ilícita que vez por outra ele carrega. Enfim...

É duro levar fora, mas a gente aprende a lidar com a coisa. A minha estratégia pra não ficar com a autoestima no chinelo é ligar pra um ex que ainda tem uma queda por mim. Querida, quando isso acontecer com você, não hesite: ligue pra um cara que você sabe que vai encher a sua bola! Recorra àquela cadernetinha de telefones surrada se for o caso, mas vale qualquer coisa pra levantar o seu moral. Mesmo o nerd da escola que tentava te beijar à força pode ser de grande ajuda num momento desses.

E nada de ficar em casa se lamentando. Acredite em você mesma e... NEEEEEEEEEEEEEXT!

Pegada e tanto

Kátia ficou anos casada com RC. Aliás, foi o primeiro namorado, o primeiro beijo, a primeira trepada, o primeiro tudo. E mais de 20 anos juntos, com certeza!
Tiveram dois filhos. Ele era caladão. Ela era uma querida. Meiguinha, sempre sorrindo, sempre arrumadinha, unha feita, cabelo de toca e de mexas. Ela tinha mexas. Uma graça!
Ela era tipo mignon. Toda magrinha. Ele aquele grande. Grande só não. Era gordo pra cacete! Aquele ali não tinha pegada mesmo! Devia ficar só ofegante.
Um dia, do nada, RC morreu. Bom, do nada não foi. Ele tinha um problema no coração que ninguém sabia. Ela devia saber, mas os amigos não sabiam.
Nos primeiros meses ela ficou quietinha e tal. Depois, parecia que a vida tinha começado ali! E tinha mesmo.
Kátia saia todos os dias. Com todos. Todos os dias. Mas não tinha coragem de fazer nada, além de dançar e conversar. Até que encontrou um cara maneiro. Gostosão e decidido. Foi logo segurando-a pelo pescoço, tascando-lhe um beijo. Ai, como foi bom. Segura daqui, passa a mão dali, agarra de lá, puxou-a pra dentro do carro e foram para um motel.
Kátia estava nervosa, com a boca seca. Estava disposta a dizer que aquela era sua primeira vez depois de tantos anos sendo de um homem só. Mas aí o gostosão levantou a blusa, tirou a arma da cintura e colocou em cima da mesinha de cabeceira.
Aí que a perna de Kátia tremeu, mas tremeu foi muito. E a única coisa que ela conseguiu pensar foi “ai meu deus, agora eu tenho que agradar!!!”

sábado, 16 de maio de 2009

O mundo é gay


O Dia Mundial de Combate à Homofobia será celebrado amanhã, domingo, 17. A data é alusiva ao 17 de maio de 1990, data em que a Organização Mundial de Saúde excluiu a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. A partir daquele dia, o homossexualismo não mais seria considerado enfermidade, distúrbio ou perversão.

Uma amiga querida costuma dizer, com propriedade, que “o mundo é gay”. Talvez ela saiba o que está dizendo. Talvez não. Percebo que os gays tendem à desconfiança (quando não à convicção) de que todos a seu redor partilham a mesma condição homossexual. Já ouvi dizer que tal crença seria uma espécie de estratégia subliminar de que se valem os gays na abordagem de eventuais parceiros. Será mesmo assim? Maybe...

A questão é que generalizações do tipo “o mundo é gay” sempre me parecem redutoras e perigosas, além de comumente descambarem para o preconceito. Quase sempre desconfio delas, muito embora, convenhamos, haja situações em que a generalização cabe como uma luva (seria o caso de “o mundo é gay”?).

Não perco de vista que vivemos num mundo contraditório, convulso, desajustado, no qual se digladiam bilhões de pessoas freneticamente chacoalhadas por desvios, transtornos e perturbações de toda ordem. E aqui me refiro a todas as pessoas, sem exceção e sem medo da generalização. Independentemente da condição sexual de cada um, o fato é que a retirada oficial da homossexualidade da lista de doenças, distúrbios e perversões enfraqueceu brutalmente a chance de a máxima “o mundo é gay” soar absolutamente verdadeira.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Poesia

Leandro, namorado da Fátima, mandou um poema para ela. Comparou o cheiro da namorada com o aroma de uma manhã de primavera na casa de veraneio, a maciez do cabelo com a seda chinesa mais nobre do reino dos tecidos, o gosto da boca com o raio que o parta.

Falei para a Fátima: já se ligou que ele tá te corneando, né, filha?

Porque as pessoas são assim. Já viu chefe elogiar sem depois entrar com uma crítica ou pedir para você trabalhar no sábado? Já viu filho dizer para a mãe que ela está linda sem depois entrar com um pedido de empréstimo? Já viu homem ser romântico no meio do namoro sem que tenha feito alguma manobra arriscada?

Não existe poesia que não seja moeda de troca, prêmiozinho de consolação, quando ela vem depois da primeira trepada.

Fátima ficou calada por 3 segundos, tentando não absorver a constatação do que já é sabido, nem que seja somente no reino do inconsciente. Sim, coleguinha, são todos iguaizinhos, idênticos, só muda o tamanho, a expessura, o endereço, o telefone e os demais dados pessoais.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Papo calcinha

Somos cinco amigas dispostas a falar sobre assuntos ditos femininos: do namoro à cor da calcinha no primeiro encontro, do estresse no trabalho ao sexo na sala de reunião, das novas tendências na moda ao modelito escrotérrimo da celebridade... “Ditos” porque todas sabemos que esses assuntos povoam as rodinhas masculinas também. Eles se fazem de blasés, mas muitos deles gostam tanto desses papinhos quanto nós. Mas como homem adora dar uma de macho, fingem que não falam nada. Ok, não vem ao caso agora. Tenho certeza que falaremos muito dos homens. E das relações afetivas, que, com certeza, serão um tema aqui recorrente.

Sejam todas muito bem-vindas ao Comando Rosa!