quinta-feira, 14 de maio de 2009

Poesia

Leandro, namorado da Fátima, mandou um poema para ela. Comparou o cheiro da namorada com o aroma de uma manhã de primavera na casa de veraneio, a maciez do cabelo com a seda chinesa mais nobre do reino dos tecidos, o gosto da boca com o raio que o parta.

Falei para a Fátima: já se ligou que ele tá te corneando, né, filha?

Porque as pessoas são assim. Já viu chefe elogiar sem depois entrar com uma crítica ou pedir para você trabalhar no sábado? Já viu filho dizer para a mãe que ela está linda sem depois entrar com um pedido de empréstimo? Já viu homem ser romântico no meio do namoro sem que tenha feito alguma manobra arriscada?

Não existe poesia que não seja moeda de troca, prêmiozinho de consolação, quando ela vem depois da primeira trepada.

Fátima ficou calada por 3 segundos, tentando não absorver a constatação do que já é sabido, nem que seja somente no reino do inconsciente. Sim, coleguinha, são todos iguaizinhos, idênticos, só muda o tamanho, a expessura, o endereço, o telefone e os demais dados pessoais.

4 comentários:

Letícia disse...

Conclusão: homem é que nem mãe, é tudo igual, só muda o endereço.

Lady Shady disse...

Como diz Peréio:"Num sabe?..."

Anônimo disse...

Nãooooooooooooooooooooo!!!!!!
há bobões e há românticos...
há manés e há poetas...
há richards e há ricardos...

Escolham direito, meninas !!!

Cinira Ira disse...

Nenhum presta!